segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A valia da vida se perdeu em meio a sonhos deturpados pela ausência do amor...
O que resta são fragmentos de lágrimas desesperadas perdidas no travesseiro
e de pesadelos que sairam da imaginação para habitar o cotidiano da badalada
hora e meia que turvam ainda mais uma visão já esguia pela estética fútil
de tão maldita arrogância escapista da menina que seria a mulher da minha vida.
Tão presa aos sentimentos de repúdio inócuo por conta de uma covardia,
a teimosa solidão se consagra como verdade absoluta nos minutos findantes.
Algoz de minha própria existência, eu imaculo a imagem dos perfeitos momentos
em detrimento das palavras ardidas ditas por conta da antipatia incólume
para que seja ela e somente ela a verdadeira razão desta minha carta despedida.
Agora não são só uivos abafados da dor dilacerante de um coração magoado,
são gritos afogados em sangue fervente de tamanha raiva pela falta de perspectiva
de um encontro fortuito e em dormência do corpo já sem vitalidade.

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